Heróis sem capa
Jorge Rodrigues
O heroi deste mês é Jorge Rodrigues, uma figura incontornável do desporto em Vila Nova de Cerveira. Com uma carreira de mais de 35 anos, Jorge é muito mais do que um treinador: é um verdadeiro mentor e impulsionador de jovens talentos, movido por um profundo sentido de responsabilidade, liberdade e compromisso com a formação humana através do desporto. Como ele próprio diz, a verdadeira medalha do desporto é formar pessoas responsáveis, resilientes e determinadas — e essa tem sido a sua missão diária.

AAVC: Qual é a maior motivação que o leva a ser treinador? O que é que o move?
JR: Logo depois de terminar os meus estudos académicos na Cidade do Porto, foi-me proposto pelo Presidente da Câmara Municipal de V.N.Cerveira que o ajudasse a organizar o Desporto Municipal. Fui aquilo que se chama técnico Superior de Desporto do Município, sendo uma dessas funções trabalhar na ADRCL como Técnico de Atletismo. Foi-me oferecido todo o apoio possível e ao mesmo tempo a liberdade necessária para criar e organizar aquilo que hoje é a ADRCL e o CMA. Apoio necessário, dedicação profissional, empenho e muito estudo, digamos que me levou a ser apanhado pelo gosto pelo treino, do trabalho com jovens, e pela organização de eventos. Digamos que não foi algo que apareceu por gosto (a minha formação teve muito mais de vertente coletiva), mas sim todo o processo que foi acontecendo ao longo de 35 anos.
AAVC: Que lições tenta ensinar aos seus atletas?
JR: Eu não ensino lições, procuro fazer isso na Escola. O treino com os jovens é para mim um espaço de liberdade e ao mesmo tempo uma oportunidade. De liberdade porque ninguém obriga, depois tem a possibilidade de experimentar e praticar uma modalidade desportiva. A atividade desportiva encerra em si coisas extraordinárias. Até se pode ser campeão Olímpico ou ser o CR7, isso é coisa de DEUSES. Mas eles antes de o serem, foram ou aprenderam a ser Responsáveis, Empenhados, Resilientes, Educados,Trabalhadores, Cuidadosos com eles e com os outros, Determinados, serem Homens e Mulheres que fazem, e querem fazer, parte de uma sociedade construtiva. Esta é a grande medalha do desporto.
AAVC: Qual é a parte mais difícil de ser treinador?
JR: Difícil, depois de 35 anos, não tem partes difíceis porque aprendemos a fazer aquilo que as possibilidades nos oferecem. Difícil é querer fazer coisas que queremos, e devemos fazer, e não nos deixam. Porque em Portugal até temos boas instalações, atletas de alta competição, mas isso não tem acontecido com a classe dirigente. Vivem para fazer favores aos atletas e treinadores em vez de se colocarem numa posição de colaboração e de resolução de problemas.
AAVC: Qual é o seu maior medo?
JR: Por vezes acontecem acidentes, mas temos que resolver e seguir em frente.
AAVC: Qual foi o seu momento favorito como treinador?
JR: Já estive presente em quase todas as competições Nacionais, Europeias, Mundiais e os meus atletas tem conquistado muita coisa. Mas, os meus momentos favoritos continuam a ser quando alguém jovem aparece para iniciar a prática da modalidade e quando alguém que chega e diz ‘professor, melhorei a minha marca’.
AAVC: Vamos ouvir a voz da sabedoria: Qual é a sua frase do dia?
JR: O vencedor foi e é o perdedor que nunca se deu por VENCIDO.


Desde a criação da ADRCL até à organização de eventos de classe mundial no setor dos lançamentos, a sua dedicação incansável e paixão pela transformação pessoal dos atletas fazem dele um exemplo inspirador.
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